Com 28 anos de existência o
Porto de Vila do Conde, que foi Inaugurado pela Companhia Docas do Pará – CDP,
em 24 de outubro de 1985. Esta localizada em Vila do Conde, às margens da Baía
do Marajó. Funcionando a todo vapor, pois é por lá que escoa toda a produção
das empresas, Alunorte – Alumina do Norte do Brasil S.A., Albrás – Alumínio
Brasileiro S.A, Alubar – Alumínios de Barcarena S.A. e o Polo Caulinífero,
constituído pelas empresas Pará Pigmentos S.A e Imerys Rio Capim Caulim S.A.
Muitos fatores transformam o
porto de Vila do Conde, em uma eficiente ligação da região com o resto do mundo
em vista de seu privilegiado posicionamento geográfico, bem como as grandes
extensões de frente acostável com seus 07 berços de atracação, calado de 14
metros, fácil acesso marítimo, fluvial e rodoviário, ampla disponibilidade de
áreas para expansão, reduzidos custos com manutenção e infraestrutura
(dragagem, balizamentos e cais).
Pelo Porto de Vila do Conde, é que sai toda a riqueza do Pará e boa Parte do
Brasil. Mas o Município de Barcarena o que ganha com isso? Progresso ou
Marcelas? Pelo o que se percebe, só as macelas deixadas pelos navios que
atrancam no Porto, pois o Município tem perdido recursos e mais recursos, impostos
e mais impostos, pois até agora nem Prefeito e tão pouco Câmara Municipal,
conseguiram criar uma Lei para que o Município pudesse tirar vantagens com a
entrada e sai de riquezas.
Umas comissões de Vereadores já estiveram em Santos,
São Paulo. Para ver como o Município de Santos faz para tirar vantagens com o
Porto de Santos. Pois alguns impostos são cobrados na fonte no caso do CFEM -
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais que são
distribuídos assim: o CFEM obedece à proporção, ressaltando
que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios recebem exclusivamente pela
extração, realizados em seus territórios: 23% para os Estados e o Distrito
Federal; 65% para os Municípios; e 12% para a União e seus órgãos. Como o
Município de Barcarena não produz mineral e sim exporta, portanto fica só com
as mazelas.
PORTO DE VILA DO CONDE
PROGRESSO OU MACELAS 2?
O governo Federal publicou no "Diário Oficial" da União desta
sexta-feira 28/06, o decreto que regulamenta a Lei dos Portos, sancionada no
inicio de junho pela presidente Dilma Rousseff, estabelecendo um novo marco
regulatório para o setor. "Este Decreto regulamenta o disposto na Lei no
12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam a
exploração de portos organizados e de instalações portuárias. O poder
concedente será exercido por intermédio da Secretaria de Portos da Presidência
da República", Entre as atribuições
da Secretaria, diz o texto, está elaborar o plano geral de outorgas do setor
portuário; definir as diretrizes para elaboração dos regulamentos de exploração
dos portos; e aprovar a transferência de controle societário ou de titularidade
de contratos de concessão ou de arrendamento.
Nova lei dos portos pretende impulsionar exportações. O novo marco
regulatório para o setor já entrou em vigor. E em novembro o Governo Federal
realiza o primeiro leilão com base na nova Lei. O que muda? E como o Pará pode
se beneficiar economicamente com esses investimentos? Com uma localização geográfica privilegiada para a exportação – de
frente para Europa, a meio caminho dos EUA e Caribe – o Estado do Pará vem
travando um esforço para modernizar seus portos e torná-los mais competitivos
economicamente.
O estado com a
área mais rica em mananciais em todo o Brasil, o Pará, ao lado do Porto de
Santos/SP, é prioridade em investimentos pelo Governo Federal e se prepara para
o bom econômico que a Lei 12.815/2013, a Nova Lei dos Portos. Mas nossos
principais portos – Belém, Vila do Conde, Miramar, Outeiro e Santarém, de uma
maneira ou de outra – enfrentam dificuldades que podem ser superadas com a aplicação
da Lei 12.815. O crescimento do agronegócio, com recorde de exportação em 2012,
trouxe à tona a urgência de investimentos nesse setor para dar vazão às
exportações e consequente desenvolvimento do país, tão almejado a cada projeção
econômica apresentada. Diante desse cenário, a MP dos Portos estabeleceu novos
critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão
para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em
portos públicos. A intenção do governo é ampliar investimentos privados e
modernizar os terminais, a fim de baixar custos de logística e melhorar
condições de competitividade da economia brasileira. E fica a pergunta e os
municípios o que ganha com isso? O Pará tem um calcanhar de Aquiles. A sonhada
hidrovia Araguaia-Tocantins já está bem mais próxima de ser efetivada. Depois
de anos para a conclusão da construção das Eclusas de Tucuruí, a hidrovia não
entra em funcionamento devido ao Pedral do Lourenço, que impede a
navegabilidade no rio Tocantins. Isso porque o Pedral é uma grande extensão de
obstáculos naturais que inviabiliza a navegação durante os meses do verão
amazônico. Sem essa obra, a hidrovia Araguaia-Tocantins não sairá do papel,
tendo como consequência a subutilização da bilionária obra das eclusas. Fundamental
para o escoamento da produção mineral e agroindustrial das regiões Sul e
Sudeste do Pará aos portos de Vila do Conde e de Belém, o derrocamento do
Pedral, está em vias de licitação. Esta obra já reincluído no pacote de
prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
Dois pré-projetos foram apresentados ao Dnit para viabilizar a obra. O
primeiro, concebido pela Universidade Federal do Pará, e o outro, pela
mineradora Vale. Ambos foram submetidos à última palavra quando se trata de
autoridade da navegação brasileira: a Marinha, que ao analisar os projetos,
pontuou interferências num e noutro dos projetos.
Com a urgência
em melhorar o escoamento da produção nos portos brasileiros, o Governo Federal,
através do Ministério dos Portos, já deu início ao processo de arrendamento portuário
após a sanção da Lei. Os primeiros portos que terão licitação para contratos de
arrendamento (cessão para uso) são o de Santos/SP e os do Pará, com investimento
previsto de R$ 3 bilhões e mais de 30 áreas ofertadas. Em evento realizado no
início de agosto no Palácio do Planalto, o leilão seja realizado no dia 25 de
novembro. Segundo o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, a escolha dos
portos para o primeiro bloco aconteceu por questões estratégicas. “Santos é o
maior porto da América Latina e os portos do Pará fazem parte da ação
estratégica do governo para direcionar as cargas e a distribuição de combustíveis
nas regiões Norte e Nordeste” A expectativa do governo é aumentar a capacidade
de movimentação dos Portos do Pará (Santarém, Vila do Conde, Belém, Miramar e
Outeiro) e de Santos em 48 milhões de toneladas por ano.
O mais interessante
de tudo isso é que a audiência publica que deveriam acontecer em Barcarena
foram realizadas em Belém, o primeiro evento do tipo aconteceu na sede da
Federação das Indústrias (Fiepa), reunindo representantes da Companhia Docas do
Pará (CDP) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além do público
interessado no assunto. E nós barcarenenses onde vamos entrar nesse debate ou
vamos ficar com as mazelas! Como sempre ficamos!
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